DICAS SOBRE AS ELEIÇÕES EM 2010



Dicas aos seguidores de Jesus, lideres espirituais e candidatos sobre o que devem levar em conta sobre ética do voto e engajamento político

I – O voto é intransferível, inegociável, instrumento valioso de um cidadão comprometido com cidadania.

Com ele um seguidor de Jesus expressa sua consciência como cidadão responsável e consciente dos seus direitos e deveres pra com a sociedade.
Por isso, o voto precisa refletir a compreensão que o um seguidor de Jesus tem de seu País. Estado e Município;

II – Um seguidor de Jesus não deve violar a sua consciência política.
Ele não deve negar sua maneira de ver a realidade social, mesmo que um líder espiritual tente conduzir o voto da comunidade ou grupo religioso ao qual pertence, numa outra direção;

III – Um líder espiritual têm obrigação de orientar os seus ouvintes sobre como votar com ética e com discernimento.
No entanto, devem evitar transformar o processo de elucidação política num projeto de manipulação e indução político-partidário;

IV – Os líderes espirituais devem ser lúcidos e democráticos.
Portanto, melhor do que indicar em quem os seus ouvintes devem votar, é organizar debates multipartidários, nos quais, simultânea ou alternadamente, os vários representantes de correntes políticas possam ser ouvidos sem preconceitos;

V – A diversidade social, econômica e ideológica que caracteriza o universo religioso no Brasil, deve levar os lideres espirituais a não tentarem conduzir processos político-partidários dentro das comunidades, sob pena de que, em assim fazendo, eles dividam a comunidade em diversos partidos;

VI – Nenhum seguidor de Jesus deve se sentir obrigado a votar em um candidato pelo simples fato de ele se confessar um seguidor de Jesus.
Antes disso, os seguidores de Jesus devem discernir se os candidatos ditos seguidores de Jesus, são pessoas lúcidas e comprometidas com as causas de justiça e da verdade.

E mais: é fundamental que o candidato que se diz seguidor de Jesus queira se eleger para propósitos maiores do que apenas defender os interesses que passam também pela dimensão política.

Todavia, é mesquinho e pequeno demais pretender eleger alguém apenas para defender interesses restritos às causas temporais da comunidade a qual pertence.
Um político que se diz seguidor de Jesus tem que ser, sobretudo, um seguidor de Jesus na política e não apenas um “despachante” de comunidades ou grupos religiosas.

VII – Os fins não justificam os meios.
Portanto, o seguidor de Jesus não deve jamais aceitar a desculpa de que um político que se diz seguidor de Jesus votou de determinada maneira, apenas porque obteve a promessa de que, em fazendo assim, ele conseguirá alguns benefícios para a comunidade ou grupo religioso a qual pertence, sejam rádios, concessões de TV, terrenos para templos, linhas de crédito bancário, propriedades ou outros “trocos”, ainda que menores. Conquanto todos assumamos que nos bastidores da política haja acordos e composições de interesses, não se pode, entretanto, admitir que tais “acertos” impliquem na prostituição da consciência de um seguidor de Jesus, mesmo que a “recompensa seja, aparentemente, muito boa para a expansão da causa. Afinal, Jesus não aceitou ganhar os “reinos deste mundo” por quaisquer meios. Ele preferiu o caminho da cruz;

VIII – Os seguidores de Jesus devem votar baseados em programas de governo, e não apenas em função de “boatos” do tipo:
“O candidato tal é ateu”; ou: “O fulano vai fechar as comunidades religiosas”. Ou o sicrano não vai dar nada aos seguidores de Jesus”; ou ainda:
“O beltrano é bom porque dará muito para os seguidores de Jesus”.
É bom saber que a Constituição do país não dá a quem quer que seja, o poder de limitar a liberdade religiosa de qualquer grupo.
Além disso, é válido observar que aqueles que espalham tais boatos, quase sempre, têm a intenção de induzir os votos dos eleitores assustados e impressionados, na direção de um candidato com o qual estejam comprometidos;

IX – Sempre que um seguidor de Jesus estiver diante de um impasse do tipo: “o candidato que se diz seguidor de Jesus é ótimo, mas seu partido não é o que eu gosto”, é de bom alvitre que, ainda assim, se dê um “voto de confiança” a esses irmãos na fé, desde que eles tenham as qualificações para o cargo.
A fé deve ser prioritária às simpatias ideológico-partidárias.

X – Nenhum seguidor de Jesus deve se sentir culpado e nem ser discriminado por ter opinião política diferente da de seus líderes espirituais.
Um líder espiritual deve ser ouvido em tudo aquilo que ele ensina sobre a Palavra de Deus, de acordo com ela. No entanto, no âmbito político, a opinião deste líder deve ser ouvida apenas como a palavra de um cidadão, e não como uma “profecia divina”.

A essência deste texto foi elaborada por Caio Fabio na década de 90.
Eu Carlos Bregantim fiz algumas adaptações, na tentativa de atualizar o texto, mas, não toquei na essência.

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